Análise de personagem | Mary Crawley de Downton Abbey

 



Análise de Mary Crawley

Seu comportamento agressivo provavelmente se deve ao fato dela ser o produto perfeito do status social ao qual pertence. A jovem foi criada para ser a dama perfeita da aristocracia e sua posição como primogênita em um contexto social onde o homem herda a propriedade faz com que ela tenha um sentimento de inadequação e ressentimento. Como ela não pode reagir com a mesma rebeldia que a irmã Sybil ou prima Rose, acaba deixando sua frustração escapar com quem quer que esteja por perto, normalmente a irmã Edith.

Acredito que ela deva sentir algum remorso pelo que ela faz as pessoas passarem, contudo, em razão da cultura a qual está inserida, esse remorso é difícil de ser observado, já que ela aprendeu a evitar ao máximo mostrar seus sentimentos. Isso acaba fazendo com que muitas vezes sua postura acabe sendo interpretada como frieza.

As circunstâncias e temperamento fizeram com que ela ficasse um pouco mais amarga nas últimas temporadas principalmente com relação a irmã. Mary é o tipo de pessoa que precisa ter o controle das circunstâncias e o rompimento dessa ordem acarretou em um processo de luto prolongado.

Entretanto, Mary foi capaz de mostrar que se importa com sua ajudante, Anna, além de ter apoiado Tom na escolha de batizar a sobrinha na Igreja Católica. Ela parece genuinamente se importar com sua família, ainda que seja desagradável com a irmã, além de ser leal e fazer de tudo ao seu alcance para respeitá-los e atender as expectativas deles.


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